quinta-feira, 30 de setembro de 2010

No pain, no gain

Como as coisas mudam, hein? Hoje não é terça, mas fiz meu primeiro treino de pista desde que voltei a correr. Eu odiava os treinos de pista. Mas sou obrigada a confessar que as acelerações de hoje foram divertidas, me fizeram bem. Claro que não foi tudo delicioso, mas no final foi
revigorante. Durante o aquecimento eu achei que não ia conseguir. Estava com preguiça, dura, estranha... estava me sentindo pesada. Os primeiros minutos foram terríveis, eu sentia como se tivesse usando quilos em caneleiras. Eu qusae desisti, fiz as últimas voltas pensando na desculpa que daria para a Eli. Tive que achar uma estratégia para conseguir continuar ao treino, e foi o seguinte: dividir para conquistar. Não pensei mais no treino inteiro, mas em cada minuto, cada volta na pista, cada aceleração. Uma coisa por vez e assim tudo fluiu. Como sempre eu fiquei super nervosa e os batimentos cardíacos subiram como loucos, mas foi bom sentir aquele cansaço, um cansaço diferente, um cansaço que vem da intensidade. Fiquei super apreensiva (e feliz) quando a Eli falou: a segunda volta é pra morte. Ainda tenho que aprender a controlar a minha ansiedade, porque já saí com o coração lá em cima. Terminei com 196 bpm... pra morte, como pediu a minha treinadora querida. Tá certo que um pouco disso foi a minha notória ansiedade. Outro pouco foi a semana pré casamento. Mas o restante foi a luta, o sacrifício, o treinamento. Depois de alguns meses, ao invés de reclamar, eu tô aprendendo a gostar dos treinos específicos. Não é só dor e contagem de tempo, é treino e superação. É o que me faz mais veloz, o que me faz correr cada vez melhor. Não importa como eu esteja me sentindo, o crucial é tentar, o importante é fazer o treino inteiro, com calma. O importante é que no final tudo seja gostoso.

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