terça-feira, 17 de agosto de 2010

Yoga, ansiedade e corrida

Mudei de academia recentemente e agora tenho uma gama maior de aulas e práticas para experimentar. Assim, fico entretida enquanto espero a volta da corrida. Ultimamente, tenho procurado maneiras de controlar a minha ansiedade e de continuar motivada, indo treinar regularmente. Outro dia, pela primeira vez, fiz uma aula de yoga. Comecei sem querer, porque tinha tempo livre antes da aula de bike e queria experimentar algo novo. O clima na sala era muito relaxante, a energia muito leve, me senti bem logo ao entrar. Eu era a única que não sabia do que a professora estava falando quando ela indicava as posições e movimentos que deveríamos fazer, mas isso não foi problema. Ela foi super atenciosa comigo e acompanhou cada movimento meu. Me senti desajeitada, mas a primeira lição que professora me deu naquela manhã foi: não importa a qualidade da sua postura, o que importa é que você esteja tentando fazer da melhor maneira possível. A qualidade melhora com o tempo. Só esta pequena frase já me deixou ainda mais relaxada e me fez aproveitar não só a aula, mas o dia inteiro melhor. Depois, durante um exercício de respiração, comecei a chorar, sem querer. Uma emoção muito forte, que não era ruim, me inundou e não consegui me conter. Chorei no meio da aula. Mais uma vez, a professora me tranquilizou, me pediu que aceitasse a minha própria reação e disse que com o tempo, eu conseguiria entender melhor o que acontece comigo durante os exercícios. Entendi ali que, mais do que uma atenção aos movimentos e um subsídio à disciplina, a yoga estimula a criação de uma consciência de nós mesmos, não só durante a aula, mas em todos os momentos. O objetivo principal é aprender a nos perceber a toda hora e, assim, consertar o que for necessário para que restabeleçamos um equilíbrio, ou um conforto dentro de nós mesmos. Finalmente entendi porque dizem que a yoga faz tão bem aos corredores. É uma maneira de nos conhecermos profundamente e isso é fundamental para uma vida longa e próspera na corrida. No dia seguinte, voltei à aula de yoga. Não foi tão pacífica quanto a do dia anterior, fiquei dolorida e tive mais dificuldade ainda de fazer os exercícios mas, em compensação, saí da sala revigorada. E a dor do dia seguinte, só me fez lembrar da respiração e dos exercícios de auto-conhecimento. Resultado: hoje estou contando os minutos até a hora da próxima aula. E, para continuar o experimento, vou a noite, para ver os efeitos da yoga em mim antes de dormir.

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